Estar presente ou não é a grande questão, mas isso depende da experiência proporcionada pela empresa para os funcionários e para os clientes

O que vem pela frente? Essa pergunta rodeia a cabeça de todos quando o assunto é modelo de trabalho. Passamos anos sentados dentro de escritórios e compartilhando bate papos regados à café. Porém, o impacto da pandemia gerou uma necessidade de transformação. Alguns se adaptaram e querem permanecer no remoto, já outros não veem a hora de voltar a andar pela empresa todos os dias, ou em poucos dias como sugere o modelo híbrido.

A Citrix realizou uma pesquisa e 90% dos participantes optariam por permanecer de maneira flexível. As empresas estão se preparando para esse novo cenário, com 82% delas já planejando a melhor maneira de adotar modelos híbridos que permitam o melhor ambiente para seus colaboradores.

Os desejos dos funcionários e da empresa devem ser iguais? Como decidir o modelo ideal a ser adotado para o seu negócio? Claro que a orientação deve sempre seguir o que é melhor para o cliente, mas como definir isso? Organizei alguns pontos de reflexão aqui no blog da Citrix, explorando nessa primeira parte alguns fundamentos básicos para a discussão.

Modelo mental de trabalho e cultura organizacional

Para começar a discutir sobre modelos de trabalho, a primeira coisa que precisamos pensar é no que diferencia eles. A resposta é a experiência, seja do colaborador, dos gestores, líderes ou dos clientes. Portanto, depende do que cada um tira como conclusão do ambiente de trabalho e por isso abordo aqui a questão dos modelos mentais.

Cada ser humano vive e percebe o seu ambiente de maneira diferente, que são reflexos de conhecimentos prévios. Podemos separá-los oriundos de quatro fontes: a biológica, a linguagem, a experiência pessoal e a cultural. A primeira trata do nosso instinto, que por sua vez, se baseia nos sentidos de tato, olfato, visão, audição e paladar. Logo, quando vemos um morango, sabemos se é bom ou ruim, doce ou cítrico, e isso depende de experiência prévias.

Já a linguagem é como nos comunicamos com o mundo, como decodificamos pensamentos em expressões. A experiência pessoal é sobre como absorvemos nosso contato com a sociedade, que pode ser pela raça, nacionalidade, influências familiares, como foi a nossa educação, a forma como fomos criados pelos nossos pais e amigos com quem convivemos, assim como o jeito que aprendemos a trabalhar.

O último é sobre experiências compartilhadas em grupo. É exatamente neste ponto que falamos de cultura organizacional, como percebemos o ambiente e os fatos que ocorrem no trabalho. Entender esses aspectos dos colaboradores ajuda a criar um espaço que maximize o bem-estar e a produtividade.

A princípio, discutir modelos mentais e a cultura organizacional pode parecer teórico demais e até pouco produtivo. Contudo, isso será essencial para abordarmos um problema inerente ao trabalho híbrido, o “Digital Divide”, tema da segunda parte dessa série de blog posts. Fique ligado!